quinta-feira, 27 de novembro de 2014

OIE

Desculpa pelo sumiço meu povo.
É que ainda estou digerindo todo o episódio ocorrido em BH com minha sogra.
Bom,  muitas pessoas tem me perguntado sobre o que aconteceu. Eu não ia falar mas resolvi compartilhar por que se eu estiver "pirando" vocês são meu alerta. 
Na verdade acho que uma coisa acaba levando a outra e até que demorou para acontecer isso.
Mas vou tentar explicar.
Antes quero dizer que minha fase de sentir raiva das situações já passou.  Não que eu esteja conformada com as coisas,  mas eu agora consigo visualizar melhor e sinceramente,  não tenho motivos para ficar batendo na mesma tecla todas as vezes.
Então,  vamos lá.
Como eu disse: uma coisa leva a outra. E o que acontece é o seguinte: minha sogra é daquelas mães e pessoas acostumadas a tomar a frente de tudo e resolver tudo do jeito dela, sem pedir ajuda pra ninguém.  Bom, cada um tem seu jeito de ser e um motivo pra ser. Acho que isso só se torna um problema por que na ânsia de ajudar, ou no costume de participar de tudo,  ela esquece de dar valor às vontades de quem a cerca.
A isso,  soma-se o meu marido, que depende financeira e emocionalmente dela, seja lá qual for o motivo: costume,  conveniência, comodismo necessidade de aprovação.  Acontece que ele não se dá conta ou não percebe que a postura dele dá margem para ela interferir e se envolver mais do que o necessário na vida dele e consequentemente,  na minha e na do Igor agora que somos casados.
O nível de domínio da situação é tamanho que ele não consegue nem falar do que gosta ou quando não quer determinada situação.  E ele se calando as coisas vão acontecendo sem que possamos fazer nada. (Houve um episódio no passado que ela disse pra mim que só fazia as coisas por que o filho dela nunca se queixou de nada a respeito)
Ai chegamos ao dia do episódio que eu classificaria como ridículo.
Creio eu que educar um filho é responsabilidade dos pais.  Aliás,  acho que é mais da mãe que já tem um feeling para isso e  passa mais tempo com a criança.
De qualquer forma é o casal que tem essa missão: de educar, de ensinar valores,  de repreender... (não é a avó,  nem a tia,  nem a vizinha, nem a madrinha,  a professora e nem  ninguém! !!) E mesmo que algumas pessoas discordem da forma como fazemos isso, devem nos respeitar por que cada um tem uma idéia de como educar seus filhos e tem autonomia para isso.  Acertando ou errando,  não importa.
Enfim...
Mas o que houve foi o seguinte: Junior e Igor começaram a brigar e o Igor,  que quer ser atendido de imediato,  começou a bater no pai e a gritar.  Eu que estava de fora fui dando bronca e brigando com o Igor.Nada resolveu e os dois continuaram a briga.  O Igor mordeu o braço do Junior e eu ameacei pegar o chinelo. Foi ai que minha sogra entrou em cena, criticando minha atitude e me desautorizando na frente do Igor.  Dentre todas as pérolas que ouvi estavam coisas do tipo " tem que ver o que a criança quer e atender", "crianças com pais violentos são violentas".
Diante disso,  mesmo eu não querendo discutir,  não poderia ficar quieta pois isso fere minha autonomia de educar meu filho e ainda da margem para o Igor questionar minha autoridade.
Fui falando que não ia discutir isso com ela, que cada um tem um jeito de educar e ela dando a opinião dela e dizendo que eu terei muitos problemas em bater no Igor.  Ela chegou ao absurdo  de falar que eu ia me arrepender e que eu gostava de bater em crianças.  Olha só que situação ridícula a pessoa se coloca! Tipo assim: a mãe sou eu, ;estou explicando que educo como quiser e a pessoa insistindo em opinião mesmo quando a opinião dela é "desimportante" rs
Enquanto ela discursava sobre a maneira errada que eu estava educando o neto dela, Igor continuou a fazer birra batendo no pai e o pai, por sua vez, ficou calado como se nada estivesse acontecendo,  o que deu mais força para ela se achar no direito de criticar e o Igor de bater e gritar.
No fim,  o clima ficou tenso e chato e desconfortável.
Depois que chegamos de viagem,  conversei com o Junior,  explicando algumas coisas que sinceramente,  acho que ele não quer enxergar.
Não brigamos.  Mas pedi para que ele começasse a se impor e a gerenciar sua vida,  afinal de contas ele já tem 30 anos de idade,  é casado e tem um filho. Não é correto nem justo permitir que as pessoas o tratem como adolescente, ditando como deve agir,  ser e pensar, interferindo em coisas que não lhes dizem respeito,  não respeitando os sonhos dele, desejos e vontades,  não incentivando ele a ser livre,  independente, muito pelo contrário! 
E eu não consigo entender porque ele tem medo de se impor. Não é para brigar,  xingar ou se afastar. Mas simplesmente para falar o que acha,  se expressar com mais clareza e aprender a dizer que é responsável por sua própria vida ( e pela nossa),  que dispensa algumas interferências.  Simples assim.
Na verdade eu me mantive calma diante disso tudo.  Falei o que pensava para ela e depois para o Junior e espero que ele reflita bem sobre nossa conversa,  sobre as atitudes da mãe dele,  sobre a postura dele diante da vida, diante da minha sogra...
Sinceramente o que me chateoou mesmo não foi ela se intrometer na educação do Igor sem ser chamada, porque ela gostando ou não, ,dando pitaco ou não,  vou defender nosso direito como pais, de educar o Igor da maneira como acredito nem que para isso eu tenha que falar mil vezes a mesma coisa.
Fico chateada com a passividade do Junior, sabe? Com a forma como ele permite que ela imponha as regras e ela obedeça sem questionar mesmo não concordando. Fico meio sem entender direito o que acontece.  Sei lá.
Por que eu sou independente desde meus 22 anos,  quando me tornei funcionária pública e depois sai de casa. Tenho meu emprego fixo e estável,  uma carreira que pode não ser a dos meus sonhos mas é a que gosto, um salário que me sustenta e não me priva de nada do que quero.
E o Junior?
Não dá pra ele ficar estacionado no tempo.  Ele já tem 30 anos, uma família... e desculpe dizer, eu não sinto que minha sogra de incentivo para ele criar asas e voar, andar com suas próprias pernas, sabe? Muito pelo contrário.  Ela alimenta essa relação de dependência.  Sabe como?  Não valorizando o trabalho dele,  não questionando com o que será gasto o dinheiro que ela vive dando para ele,  não se interessando em investir nas coisas que ele deseja... e agora,  passando por cima de nós em relação ao Igor.
E ela não é eterna,  meu Deus!  Como vai ser o Junior depois?
É essa minha preocupação.
Agora está tudo bem.  Acho que quando falo com alguém sobre isso tudo ou conto tudo que houve, vou me sentindo mais aliviada, vou vendo as coisas sob outro  ponto de vida e vejo que tem batalhas que já começam perdidas.
Agora é torcer pra que o episódio do Igor faça minha sogra entender que qual a posição que ela precisa ocupar nisso tudo e assim evitar situações ridículas como essa.
E que eu não tenha que falar mais nada sobre isso com ela... #oremos

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