quinta-feira, 26 de dezembro de 2013

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Sinceramente tem coisas que eu levarei uma vida para entender.
Ok.
Fui viajar mais pelo Júnior do que por mim porque não é segredo pra ninguém que eu e minha sogra temos grandes pequenas diferenças e eu não preciso dizer isso pra quem convive comigo porque é bem óbvio que por causa do clima chato entre nós,  se viajar pra lá fosse opcional,  certamente eu não teria ido. Disse: não TERIA.
Logo no primeiro dia,  Igor caiu na escada, tossiu e chiou horrores por que a casa havia sido pintada recentemente e o cachorro da casa estava doente e acomodado dentro de casa, soltando pêlos. Esses três itens para uma criança como o Igor significa problema na certa,  ainda mais quando a criança já tá doente.
Dá pra alguém imaginar minha agonia? Com uma criança alérgica?
Acho que só eu vejo a gravidade do problema e o risco iminente de uma parada respiratória. 
Sim, senti vontade de ir embora correndo, até comentei via FB com meu sobrinho isso.  
Ainda mais que todo o trabalho em relação ao Igor foi pra mim: comida, trocas, banhos,  inalação,  6 doses de medicações e mais dois remédios pro nariz...
Tipo: dá pra pensar no meu cansaço e preocupação?
A casa de minha sogra não é adaptada para crianças.  Pelo simples fato de que lá não há crianças. E eu não a culpo por isso.
Tem escada, fios,  quinas, tomadas,  coisas pequenas e  grandes em todos os lugares,  produtos de limpeza e janelas sem grades.
É uma casa de adultos.
Adultos que não conhecem a fundo os problemas de saúde do Igor e mesmo que conhecessem,  sou consciente  dizer que a responsabilidade dos cuidados com a saúde dele é dos pais.
Quando fui viajar já sabia que me cansaria mais do que me divertiria. , que ficaria em alerta o tempo todo e que além de tudo teria que lidar com calma com todas as diferenças entre eu e minha sogra.
Acontece que da parte dela, ela se desdobrou em 100 para se aproximar de mim. Talvez por saber assim como eu sei,  que para o bem do Igor,  agente precisa se entender e conviver bem.  Mesmo porque onde não tem espaço para a mãe de uma criança pequena que não responde por si, também não há espaço para o filho. Ou seja: IGOR NÃO VIAJA SEM MIM POR EQUANTO ainda mais com esses problemas de saúde todos, ao menos que seja estritamente necessário ou que não haja outra opção.
O fato é que conversamos sem trocar farpas, rimos e tudo que ela pôde fazer para ajudar nos cuidados com o Igor ela fez, inclusive me consultando e respeitando o que eu dizia.
Da minha parte tentei respeitar as normas da casa e não questionei nada. Fiz vistas grossas,  não abordei assuntos polêmicos e se era obrigada a opinar, dava uma de boba e não falava nada.
A estadia lá foi tão suave que nem vi os dias passarem. E se não fosse pela saúde do Igor teria dito que foi divertido.
Confesso que começar a me entender com ela outra vez me deixou feliz.
Só que meu marido assim como a maioria dos homens que conheço, tem raciocínio lento e ai a criatura,  que anda desconfiado e enciumado não sei porque,  mexeu no meu FB e leu uma msg minha dizendo que tava contando os dias para vir embora por causa do cheiro de tinta,  da queda da escada e do cachorro.
Ao invés do cidadão vir falar pra mim,  advinha o que ele fez?
Foi falar pra ela!
Nem preciso dizer que isso jogou no ralo tudo que ela fez por mim nesses dias.
Fala sério!
Se ele tivesse o mínimo de percepção da realidade ao invés de se ofender estaria tão preocupado quanto eu com as coisas que eu disse.
Ele com certeza descansou muito mais que eu, talvez por não entender que o problema de saúde do Igor pode mata-lo.
Tenha dó,  né!
Que dia eu perdi o direito de manifestação de opinião eu não sei.  Aliás,  manifestar opinião é algo que meu marido fazer muito e nem por isso eu coloco ele em saia justa.
Deveria,  né?
Então,  só sei que foi assim.
Parabéns para meu marido por essa atitude de companheirismo e amizade. Merece o troféu joinha.

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