quinta-feira, 1 de janeiro de 2015

ANO NOVO

Não tem como começar o ano sem falar do episódio grotesco que aconteceu em minha casa, na frente do meu filho na madrugada de 30/31 de dezembro.
Dia 30/12 fiz um jantar em família, meio estilo bota fora. Tudo ia bem, tudo estava bem. Já havia deixado tudo pronto para viajarmos no dia 31.
Coloquei o Igor na cama e começou a choradeira.
Júnior em casa, de folga no trabalho, veio pra cama também.
E a agitação começou. Júnior fazendo cócegas no Igor, Igor gritando e eu dizendo pra pararem. E fui me irritando. E fui falando e a pulação contínuou.
Eu estava mexendo no computador e a essas alturas cansada de repetir que ia se machucar, que já passava da hora de dormir...
Dali a pouco....  Pumba! Igor bateu o pé no rack e começou a choradeira. Só que o Igor é manhoso e está cada dia mais mimado. Pediu gelo.
Falei para o júnior não dar gelo e era pra dormir e acabar com aquele circo todo de cócegas e pulos.
Júnior saiu do quarto e voltou com uma camiseta, que até então achei que era apenas um placebo pra acabar com o choro.
Resolvi passar uma pomada no pé do Igor mas dei de cara com uma pedra de gelo que a essas alturas estava molhando a cama.
"Mas é um caralho mesmo! Não falei que não era pra pegar gelo. Que inferno".
Joguei o gelo fora e o Igor, que vê no pai seus desejos atendidos, começou a dar escândalo e dizer que o pé tava doendo muito.
Daí pra frente começou a putaria. Júnior berrando puxando o Igor e eu tentando passar pomada e o Igor chorando... E quanto mais o Igor chorava mais o júnior berrava e puxava o Igor e eu entrei na pilha e gritei mais ainda e foi horrível. E o Igor no meio de nós, sendo puxado como uma corda em cabo de guerra.
Júnior outra vez foi pegar a porra do gelo atendendo o pedido do Igor e eu fui atrás esbravejando e ele gritando e a essas alturas me dando braçadas e empurrões com o Igor no colo.
Olha que papel ridículo eu fiz meu filho passar.
Júnior estava tão cego que não ouvia o Igor me chamar, embora grudado no colo do pai, acho que com medo de cair, sei lá. E eu berrando e aquele circo todo, minha vizinha ligando em casa...
Enfim, peguei o Igor no colo.
Pedi pra ele ficar calmo e repeti pro júnior: " Vc tá parecendo moleque! Vc é moleque? MOLEQUE! MOLEQUE! MOLEQUE!
Daí vem a parte mais espetacular do circo. Júnior surtou.
Atacou o aparelho de som do Igor no chão, tacou o radio do Igor, a mesa do menino longe, amassou uma panela do Igor e por fim, arrancou uma das lâmpadas e atacou no chão.
Nisso o Igor estava desesperado e suando frio no meu colo. Ai eu me retirei da sala. Sinceramente não me considero apta e nem obrigada a assistir esse tipo de descontrole e também achei um desrespeito ao Igor, coitado! E por mais que eu dissesse que ele tava assustando o Igor, ele agia como se fosse demente.
Enfim, fui pro quarto, tentei fechar a porta pra preservar o Igor mas ele continuou o ataque e os berros, que a essas alturas eu nem ouvia mais.
Arrancou a aliança do dedo e jogou longe, dizendo que era a último dia nosso.
Daí, continou a berrar dizendo que ia embora.
O Igor gritava "socorro mamãe. Para amado". Me cortou o coração! Mas ele nem ai!
Meu erro foi que tentei impedir que ele saísse transtornado. Entrei na frente, tomei a chave, mas de nada adiantou.
No fim desisti. Ele saiu.
E o Igor com ânsia de vômito de tanto nervoso.
Ai eu liguei para minha sogra. Quem sabe ela conseguisse domar a fera. Minha vizinha também tentou falar com ele e o Igor berrando por ele.
Mesmo assim ele saiu.
E lá foi eu juntar as coisas quebradas, explicando pro Igor que estava tudo bem.
Acho que nunca despachei um lixo tão rápido quanto dessa vez.
Ah não! Eu precisava sumir com os vestígios daquela cena das vistas do meu filho.
Sem contar que lembrei dos episódios que vivi com meu ex violento. Deus me livre!!!
Não demorou meia hora, ele voltou.
O Igor ao ouvir o barulho do carro começou a gritar por mim.
Ainda tentei conversar, explicar que temos um filho que não merece ser desrespeitado dessa maneira. Xiii, que nada. A pessoa resolveu não querer conversa. Foi dormir no quarto do Igor de porta trancada a chave. RS
Ainda tentei conversar depois que o Igor dormiu, mas até bater a porta na minha cara o cidadão bateu.
E como já passava das 2 horas da manhã, fui dormir.
Fazer o que, ne?
Não tinha certeza se iria viajar. Mas pensei no chão Igor que estava todo empolgado para a viagem e resolvi vir.
A pessoa me hostilizou o tempo todo e eu me limitei a observar o jeito e atitudes do Júnior.
Igor, gracas a Deus esqueceu a cena vivida, se distraiu com tudo, com a avó e os brinquedos.
A virada do ano foi normal. Na hora dos fogos a casa já estava vazia.
Cumprimentei todo mundo e ele da mesma forma hostil. Antes de deitar perguntei se ele continuaria de cara feia e ele disse que depois a gente conversava.
Sei lá, mas eu não tenho o que dizer. O que tinha eu já disse.
E é isso.
Hoje ele amanheceu menos bracinho. Trocamos algumas palavras espontaneamente.
E foi assim que me despedi de 2014 e entrei em 2015.
Nesse clima!
É dose, né?
Fala sério!

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