segunda-feira, 14 de março de 2011

COMPLICAÇÕES GESTACIONAIS (2ª de 2 partes)

GRAVIDEZ MOLAR (O MEU CASO??????????? talvez....)

É uma rara complicação que acontece quando algo dá errado na fecundação, gerando anormalidades nas células que formarão a placenta.
Esse tipo de gestação é chamado de “mola hidatiforme” e faz parte de um grupo de complicações chamado tumores trofoblásticos gestacionais ou neoplasia trofoblástica gestacional (NTG). Eles costumam ser benignos e mesmo quando se espalham para além do útero são tratados com sucesso.
Em uma gestação molar completa, o óvulo fertilizado não possui cromossomos da mãe, e os do espermatozóide do pai são duplicados. Nesse caso, não há embrião, membrana amniótica nem qualquer tecido placentário. No lugar deles, a placenta forma uma massa de cistos que se assemelha a um cacho de uvas e pode ser vista em uma ultra-sonografia. 

Na maioria das gestações molares parciais, o óvulo fertilizado tem o conjunto normal de cromossomos da mãe, mas o dobro dos do pai, havendo um total de 69 cromossomos, em vez de 46. Isso pode acontecer quando os cromossomos do espermatozóide são duplicados ou quando dois espermatozóides fertilizam o mesmo óvulo. Nesses casos, há tecido placentário junto com os cistos, e o embrião começa a se desenvolver. Mas, mesmo que ele esteja presente, é importante saber que não é um embrião normal, e não terá condições de sobreviver e virar um bebê. 
É assustador descobrir uma gestação dessa tipo, porém, com tratamento adequado e acompanhamento médico, não haverá  sequelas físicas de longo prazo. 

Como é feito o disgnóstico?
Normalmente é feito no inicio da gestação através do primeiro ultrassom, que não apresenta embrião e sim um aglomerado de células. No meu caso foi descoberto com 9 semanas e 1 dia onde só foi visualizado o saco gestacional, a vesícula vitelina e uma grande hematoma no útero que não representava um descolamento mas sim uma coagulação.

Como é feito o  tratamento?
Através da curetagem uterina para a retirada do material do útero que será enviado para análise.
Nesse tipo de complicação não vale a pena esperar pelo aborto espontâneo pois essas células se multiplicam rapidamente podendo sair da cavidade uterina e causar complicações sérias.
Alguns casos inclusive requerem uma segunda curetagem.
Após a curetagem, faz-se exames de HCG para dosar os níveis do hormônio no sangue. Esse exame após a curetagem tem que cair bastante e zerar nas primeiras semanas, caso contrário há uma enorme chance do tecido placentário ter caído na corrente sanguinea e ido parar em outros órgãos importantes o que requer tratamentos mais severos.(são os casos de mola invasiva, que se desenvolve depois da curetagem na parede muscular do útero e indo para outros órgãos)
Mesmo com o hormônio zerado no organismo é necessário o monitoramento por seis meses para ter certeza de que ele não está mais presente.

Poderei engravidar de novo?
 Sim, poderá mas após seis meses do HCG zerado na corrente sanguinea.
Por que?
Bem, o hormônio desse tipo de gestação é o mesmo hormônio da gravidez. Se ocorrer a gravidez antes dos seis meses não haverá como identificar se ele faz parte da nova gestação ou da antiga e ainda está na corrente sanguinea, em algum outro órgão.
Em algumas circunstancias a paciente deverá se submeter a sessões de quimioterapia para eliminar as células placentárias. Mesmo nessas condições, a gravidez pode ocorrer após 1 ano.

A maioria dos casos de gestação molar não compromete a capacidade reprodutora da mulher, principalmente se for diagnosticado cedo e o tratamento for feito de forma eficaz e correta.






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