domingo, 26 de maio de 2013

SOU EXTRATERRESTRE....????????

Hello, póvos que tanto amo!
Passei o sábado meio inquieta e daí resolvi postar...
O Fato é o seguinte: acredito que a maternidade é algo muito subjetivo e varia muitoooooooo de mulher pra mulher. No meu caso não costumo criticar ninguém a esse respeito, apenas as mães que são meio madrastas de conto de fadas ,sabe?  aquelas que deixam os filhos largados e não se importam com doença e nem com nada disso.... No mais eu costumo ouvir os pontos de vista e mesmo que seja contrária, raramente abro polêmica sobre o assunto.
Bom, vocês já sabem, por que eu já disse aqui inclusive, que eu não vejo a maternidade tão cor de rosa quanto pintaram pra mim, pelo menos aqui em casa, que não temos ajuda de ninguém pra nada, as coisas são bem complicadas tem hora.
Mas ok....
Um dia desses eu fui na pneumologista do Igor e estavam lá duas outras mães com seus filhotes. Raramente puxo assunto, mas quando já percebi elas tinham me incluido na conversa, ainda que eu apenas ouvisse e desse sorrisos, tipo monaliza no quadro...
Em determinada parte da conversa, as duas começaram a se lamentar que se sentiam muito culpadas por terem colocado os filhos na escolinha por que precisavam trabalhar e não tinham com quem deixar... Elaboraram um texto á lá Eli Corrêa no que saudade de você, se é que alguém conhece esse programa de rádio....
E eu fiquei só escutando, bem quieta...
E cada uma foi acrescentando maiores fatos a tragédia particular de cada uma: uma virose aqui, uma gripe ali, uma pneumonia, uma assadura acolá e por ai foram.... talvez por terem me visto calada diante de tanta lamuria, perguntaram pra mim o que eu achava.
Eu, com minha mania de ser sincera, falei:
"olha, no meu caso eu também não tenho quem fique com meu filho e por isso matriculei ele na escolinha, aliás numa boa escolinha e cara por sinal. Ainda assim isso não impediu que ele ficasse doente e tivesse até que ser internado, mas eu não culpo a escolinha não, e muito menos me sinto culpada por ele ter que ficar aos cuidados de outra pessoa. Quando eu engravidei eu já sabia que isso seria inevitável e que as crianças precisam conviver umas com as outras, independente da mães trabalhar fora ou não. Eu colocariam meu filho na escolinha mesmo que eu não trabalhasse, pelo menos meio período para ele conviver com outras crianças e pessoas, numa boa, sem drama..."
Gente, pensei que as duas iriam me matar.
Elas tentaram debater comigo, mas eu simplesmente disse: cada um faz pelo seu filho o que acredita ser certo...eu não critico ninguém por isso. Acho que cada um sente as coisas de um jeito.
Muito tempo se passou desse episódio, mas eu continuei lembrando do ocorrido e comecei a observar a rotina das crianças da creche onde trabalho, aliás, não só isso, mas comecei a traçar o perfil das mães principalmente dos alunos da minha sala.
Claro que há as desleixadas que nem sequer penteiam o cabelo da criança pra ir pra escola... tem as que são porcas, que nem trocam a fralda dormida e mandam a criança do jeito que tiver... mas tem as que realmente precisam trabalhar e que faça chuva ou sol mandam a criança pra escola e geralmente atendem todas as solicitações que fazemos.
Ai comecei a pensar nessas mães em particular, que em minha opinião, devem ter um desapego muito grande em relação aos filhos. (entendam que desapego não significa desamor, tá? estou falando em outro sentido).
Ai, essa semana falei pras minhas colegas de sala que achava que as crianças que vem pra escola desde pequenas são mais espertas do que as que ficam confinadas em casa até a idade pré-escolar. Que elas já aprendiam desde de cedo a conviver com outras pessoas e meio que serem autonomas. E que muito provavelmente terão mais noção do perigo do que as outras crianças. Que apesar de tudo, isso é uma coisa valiosa no amadurecimento delas e que as mães que tem a coragem de agir dessa forma e que conseguem agir assim são mesmo muito desprendidas.
Nem terminei de concluir o meu pensamento e quase apanhei....rsrsrs
Bom, ai ontem eu estava assistindo uma programa na tv á cabo sobre crianças superprotegidas e o que eu falei ficou bem claro para  mim.
É um outro extremo: Pais que, de tanta preocupação, sufocam os filhos e criam adultos inseguros diante da vida.
Claro que o programa de tv, pra mim, é um sonho distante: não me vejo deixando meu filho de 9 anos sozinho em casa, muito menos ele com 11 ir no shopping sem um adulto, aliás, por enquanto eu não imagino meu filho passar um dia todo longe de casa sem minha supervisão, ainda que com o pai junto.
Depois que vi o programa, fiquei extremamente incomodada com meu jeito de ser.
Claro que pra certas coisas eu sempre fui bem light: não amamentei em LD, cortei a mamada da madrugada no segundo mês, não acostumei ele no colo pra dormir, deixo chorando quando estou ocupada, o desmame foi sem drama... mas pra outras coisas sou bem insegura: conto nos dedos as pessoas que confio pra tomar conta do meu filho (mesmo os parentes eu avalio muito bem se passam pelos meus critérios de avaliação) só deixo meu filho com outras pessoas em caso de muita necessidade, não imagino ele daqui uns anos viajando com parentes sem mim, desde quando ele nasceu dorme conosco na cama mesmo tendo seu lindo quarto montadinho.... Aliás, de maneira geral, assumo integralmente os cuidados com o Igor e por isso vivo cansada, morta e acabada...(e sou feliz por isso!)
Mas não sei ser diferente disso.
Então, eu retiro o que disse sobre ser desencanada...não, eu não sou...
Aliás, devo ser algum tipo extraterrestre com uma dose de bipolaridade em pensamentos e atitudes.
Beijos e até mais.

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