quarta-feira, 6 de agosto de 2014

FALO, PORQUE PRECISO

Como a maternidade complica as relações humanas!
Calma, eu explico.
Como todos sabem,  aqui em casa não temos com quem contar. Somos eu e marido para o Igor. E só. (E ainda que houvesse alguém,  as coisas não seriam tão fáceis assim! )
Raramente temos uma emergência e quando temos,  eu e Junior nos revezamos pra dar conta do recado.  Funciona?  Sim, funciona.  É cansativo mas funciona.
Mas de uns tempos para cá o Junior tem engrossado a massa das pessoas que não compreendem porque não delegamos os cuidados com o Igor.
Volta e meia tem uma piadinha ou um comentário do tipo "vou deixar você na casa da vizinha", "vou mandar você pra casa da vovó" "voce vai ficar com a titia".
Eu faço a egípcia e não falo nada. Aliás por vezes nem escuto.
E hoje foi mais um dia desses. Só que ai tive que explicar pois percebi que o Junior não entende mesmo.
Vamos lá.
Desde que o Igor nasceu eu observo a maneira como as pessoas lidam com ele, como as pessoas reagem aos cuidados que temos com ele.  Enfim, eu observo, pondero e tals.
É difícil confiar nosso bem precioso à alguém. 
Sou chata,  exigente e infelizmente,  metódica.  Faço recomendações e quero no mínimo ser atendida, sem ser questionada.
Dentro desses parâmetros,  a única pessoa que confio de olhos fechados é minha irmã.  Falamos a mesma língua e ela consegue me deixar tranquila quando cuida do Igor.  Aliás, pouco preciso pedir por que ela já faz mesmo! É o jeito dela.
Eu não consigo sentir isso nas outras pessoas.  Algumas por serem permissivas demais,  outras por questionarem demais,  existem as desatentas e as que querem contrariar as coisas que funcionam bem. Enfim...
Não confio e pronto!
E hoje precisei verbalizar com todos éles e érres para o Junior porque sinceramente,  é muita insistência sobre o tema.
Não,  eu não confio em ninguém além de minha irmã para ficar com meu filho.  E não interessa se é a avó,  a tia ou a vizinha que tem netos criados. Pouco me importa, se não me inspirou confiança, não deixo o Igor e pronto. 
Atingir o meio termo para me inspirar confiança não é para qualquer um!
E eu prefiro me virar nos 30, cancelar compromissos do que ficar de cabeça quente e preocupada.
Claro que numa situação de extrema necessidade,  daquelas do tipo não tem jeito,  ai eu acabo cedendo,  com o coração na mão. Fora isso,  comigo não tem acordo.
Claro que a confiança vem com o convivio (ou não vem....rs).
Mas por ora, é isso.
Quando fui atrás de uma escolinha para o Igor,  tive que optar pela menos pior.  Deixava o Igor lá e contava nos dedos os minutos até poder ir busca-lo.
Quando ele foi para o Cei onde trabalho, senti uma imensa paz. As professoras dele do ano passado eram ótimas e as desse ano,  nem se fala.  Confio muito.
Por isso fico em paz quando preciso deixa-lo na escola o dia todo, em raríssimas situações.
Bom, é isso.
Precisava desabafar isso.  Trocar com vocês.
Não preciso que ninguém concorde comigo.  Basta respeitar que eu já fico feliz.
E de mais a mais,  como mãe, tenho autonomia para escolher em quem confiar meu filho, as pessoas gostando ou não.
**** e só para constar,  algumas vezes o Junior teve um feeling de não querer deixar o Igor com alguém e eu respeitei isso.  Acho que não tem sensação pior do que ficar apreensivo ou preocupado em relação ao filho.

#prontofalei

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