Como a maternidade complica as relações humanas!
Calma, eu explico.
Como todos sabem, aqui em casa não temos com quem contar. Somos eu e marido para o Igor. E só. (E ainda que houvesse alguém, as coisas não seriam tão fáceis assim! )
Raramente temos uma emergência e quando temos, eu e Junior nos revezamos pra dar conta do recado. Funciona? Sim, funciona. É cansativo mas funciona.
Mas de uns tempos para cá o Junior tem engrossado a massa das pessoas que não compreendem porque não delegamos os cuidados com o Igor.
Volta e meia tem uma piadinha ou um comentário do tipo "vou deixar você na casa da vizinha", "vou mandar você pra casa da vovó" "voce vai ficar com a titia".
Eu faço a egípcia e não falo nada. Aliás por vezes nem escuto.
E hoje foi mais um dia desses. Só que ai tive que explicar pois percebi que o Junior não entende mesmo.
Vamos lá.
Desde que o Igor nasceu eu observo a maneira como as pessoas lidam com ele, como as pessoas reagem aos cuidados que temos com ele. Enfim, eu observo, pondero e tals.
É difícil confiar nosso bem precioso à alguém.
Sou chata, exigente e infelizmente, metódica. Faço recomendações e quero no mínimo ser atendida, sem ser questionada.
Dentro desses parâmetros, a única pessoa que confio de olhos fechados é minha irmã. Falamos a mesma língua e ela consegue me deixar tranquila quando cuida do Igor. Aliás, pouco preciso pedir por que ela já faz mesmo! É o jeito dela.
Eu não consigo sentir isso nas outras pessoas. Algumas por serem permissivas demais, outras por questionarem demais, existem as desatentas e as que querem contrariar as coisas que funcionam bem. Enfim...
Não confio e pronto!
E hoje precisei verbalizar com todos éles e érres para o Junior porque sinceramente, é muita insistência sobre o tema.
Não, eu não confio em ninguém além de minha irmã para ficar com meu filho. E não interessa se é a avó, a tia ou a vizinha que tem netos criados. Pouco me importa, se não me inspirou confiança, não deixo o Igor e pronto.
Atingir o meio termo para me inspirar confiança não é para qualquer um!
E eu prefiro me virar nos 30, cancelar compromissos do que ficar de cabeça quente e preocupada.
Claro que numa situação de extrema necessidade, daquelas do tipo não tem jeito, ai eu acabo cedendo, com o coração na mão. Fora isso, comigo não tem acordo.
Claro que a confiança vem com o convivio (ou não vem....rs).
Mas por ora, é isso.
Quando fui atrás de uma escolinha para o Igor, tive que optar pela menos pior. Deixava o Igor lá e contava nos dedos os minutos até poder ir busca-lo.
Quando ele foi para o Cei onde trabalho, senti uma imensa paz. As professoras dele do ano passado eram ótimas e as desse ano, nem se fala. Confio muito.
Por isso fico em paz quando preciso deixa-lo na escola o dia todo, em raríssimas situações.
Bom, é isso.
Precisava desabafar isso. Trocar com vocês.
Não preciso que ninguém concorde comigo. Basta respeitar que eu já fico feliz.
E de mais a mais, como mãe, tenho autonomia para escolher em quem confiar meu filho, as pessoas gostando ou não.
**** e só para constar, algumas vezes o Junior teve um feeling de não querer deixar o Igor com alguém e eu respeitei isso. Acho que não tem sensação pior do que ficar apreensivo ou preocupado em relação ao filho.
#prontofalei
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obaaaaa, você veio comentar???? A-D-O-R-O !!!!!!!